sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Up On Melancholy Hill Cap.1

Ni haoo~~
Hey pimpolinhos \o/
Hoje estou trazendo uma fanfic, que eu estava postando no meu outro blog (aqui)... mas como eu preciso postar aqui também, eu vou postar a fanfic toda aqui também hehehe \o/ YAAY!!
Enfim, eu sei que a capa ficou pequena, mas era tão perfeita para com o título que eu deixei assim mesmo.
Enjoy~~


Já faz um mês desde que Noodle se foi e Murdoc deu seu lugar a uma Ciborg idêntica à ela. Às vezes penso que Murdoc sente tanta falta dela quanto eu, mas logo afasto esses pensamentos. Pois não há ninguém que sinta mais desconforto que eu em relação a isso.
Fecho os olhos e recordo dela mais uma vez. Seu sorriso torto, seus olhos, tão puxados que mal dava para ver suas íris verdes, seus risos dentro dos lugares por onde passamos. Seus cabelos arrepiados e lisos ao mesmo tempo.
Hoje, especialmente, a casa está cinzenta e silenciosa. Uma névoa espessa circunda toda a Plastic Beach. Hoje... É o aniversário de 21 anos de Noodle.. Se ainda estivesse viva e parece que toda a Plastic Beach ficou triste também.
Russel sumiu. O cara gordo que tocava a bateria e fazia nossos lanches. O cara que tinha visto os amigos morrerem e os aprisionou no próprio corpo, por uma razão que desconheço. Ele era meu melhor amigo. E Murdoc não se importa.
Me dirijo ao quarto do cretino de pele esverdeada. Quando abro a porta, miro ele e Ciborg Noodle deitados na cama abraçados. Murdoc está com o rosto oculto e a robô está sem expressão alguma no rosto falso. Primeiramente eu penso que eles estão... Fazendo coisas maldosas, mas quando lembro que a garota é um robô, volto a ficar tranquilo.
Entro no quarto. Me dirijo ate onde o casal está. Murdoc não levanta o rosto, porém sabe que estou presente.
- você não se importa, não é? - berro e serro os punhos até os nós dos dedos arderem - olhe para mim, cretino!
Mas ele não olha. Continua abraçado à Ciborg com o rosto escondido.
Com raiva, viro-o pelos ombros em minha direção. Seus olhos estão fundos por causa das olheiras e seu rosto logo assume uma expressão aborrecida, mas que ainda transmite um tipo de abatimento.
- o que quer? - agora é sua vez de gritar.
- como pode estar aí abraçado a esta farsa?
- ela não é uma farsa!
- então o que ela é?
Ele olha para a robô e se senta na cama. Depois mira o chão com um olhar perdido.
- cara.. - começo a dizer - sinto falta da paz que tínhamos antes...
- e você acha que eu não sinto?
Primeiro olho para o chão. Depois olho para a Ciborg que continua sem expressão.
- já pensou em abandoná-la?
Rapidamente, Murdoc se volta com olhos arregalados para mim.
- não... Nunca! Ela foi muito cara!
- Murdoc, você não pode ficar preso a ela. Ela é uma imitação! Nunca será a verdadeira Noodle!
Ele a olha de novo.
- só me deixe ficar com ela mais um pouco.
- só mais essa noite, cara... E amanhã nós deixamos ela desligada no quarto de máquinas.
- tudo bem...
Ele volta a se deitar com ela e eu saio do quarto. Pego minhas chaves, minha carteira, visto um casaco e saio para a garagem. Preciso sair um pouco para pensar. E eu conheço um lugar bom pra isso.
Moramos no topo da montanha de Plastic Beach, porém, é fácil descer com nosso jipe.
Levanto a porta da garagem e assumo o volante do automóvel. Olho para trás, dando ré para sair casa. Saio e deixo a porta da garagem aberta. Sei que não há perigo em fazer isso.
Vou dirigindo até o limite da montanha. É uma montanha muito íngreme, parece que puxaram sua outra metade de terra, fazendo-a parecer mais um penhasco do que uma montanha.
Quando chego em seu limite, freio, mas o freio está desgastado e não é capaz de parar o jipe, então aperto o cinto de segurança e deixo o carro deslizar pela encosta. O vento bate em meus cabelos azulados e em minhas cavidades oculares ôcas.
Logo a encosta fica menos íngreme e assumo o volante novamente, para estabilizar o carro, pois não quero que Murdoc me mate por tê-lo quebrado.
A descida se transforma em uma estrada normal e depois de alguns minutos eu chego no vilarejo. Olho para as casas e para os postes de luz. Está uma noite bem calma, mas não há ninguém nas ruas.
Vou dirigindo até chegar perto da praia. Então, paro em um armazém ali perto para comprar cigarros.
Ao sair de lá, deixo o carro onde está, apenas tiro os sapatos e os jogo dentro dele. Me dirijo para a praia, descalço, fumando um de meus cigarros novos e liberando a fumaça para o alto.
Vou andando pela beirada do mar. As pequenas ondas que se formam ali roçam meus pés emergidos no raso. Olho para a água e arregalo os olhos.
Podia jurar que eu estava vendo Noodle ali, dentro da água. Como se fosse meu reflexo. Posso jurar que ouvi seu riso. Vou me aproximando da imagem, esticando a mão livre para tentar pegá-la. Mas quanto mais o faço, mais a imagem se afasta. E caio de cara na água, as ondas molham meu corpo.
Com o apoio das mãos, fico ajoelhado olhando para meu próprio reflexo patético na água. Estou horrível. É simplesmente horrível ter que morar só com Murdoc e a farsa. Só de olhar para aquela robô sinto uma dor instantânea.
Começo a me lembrar. Murdoc disse que a Ciborg Noodle foi muito cara. Sim, ela foi. Murdoc fez um pacto com um demônio que antes habitava essa ilha. O BoogieMan. Murdoc ofereceu metade de sua sanidade, aparência humana e a Kong Studios pela robô e apesar de a oferta ser mínima, o demônio aceitou e nos deu ela.
Então Murdoc, que sempre arranja encrenca, o atacou com o uso da nova companheira. O objetivo era a ilha, já que não tínhamos lugar para ficar. O demônio caiu em alto-mar e desapareceu. Desde então, nunca mais o vimos. Mas ainda tenho a impressão de que ele vai voltar. E quando voltar nem a Ciborg vai conseguir detê-lo.

2 comentários:

  1. ola
    me desculpe mais seus banners não querem aparecere :(

    Vou adicionar seu link e quando tiver arrumado os banners eu os adicionos ok?!

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  2. ok, vou providenciar outros banners aqui, aviso quando o fizer
    Obrigada desde já \o/

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